13.12.05

Ontem vi televisão durante meia-hora
(post de gaja)

Só vi um intervalo. Enorme. Como é que se aguenta? Não aguentei. Desisti. Fui lá parar quando acabei de ver uns dvds intragáveis da BBC (eu sei que é raro, mas estes eram) com a história da Jane Eyre. Quem me manda a mim ver dvds de um livro de que gostei tanto? Credo, temi estar a ver qualquer coisa da Jane Austen e não da Charlotte Brontë. É que a Brontë não se limitou a escrever romances de engate. Mas quem vê uma série daquelas pode pensar que sim. Náusea. Fica o aviso: ler Charlotte Brontë, sim; ver dramatizações de romances da Charlotte Brontë, não... ou sim-mas-com-muito-cuidado-na-escolha (que foi o que eu não tive, admito).

De regresso à televisão: valeu a pena por duas razões. Primeira, não é tempo perdido confirmar a solidez de uma decisão antiga. Se fosse hoje, deixava de ver televisão outra vez. Segunda: a meio da publicidade um anúncio dizia respeito a um conjunto de dvds do Chico Buarque. Não, não resolvi comprar. Não, não vou comprar. Sou quase absolutamente impermeável à publicidade. Quase. Sou muito mesmo muito impermeável. Sou matéria negra e não se pode contar comigo. Depois, no que respeita à música não sou bicho de dvd e pela minha casa e pelas restantes da minha família existe a obra completa do Chico em discos, pelo que compras de antologias estão fora de questão.

Porém, um anúncio que destaca um olho do Chico merece aplauso. É que não vale a pena destacar mais nada. Chico é um génio e é querido q.b. Daí que destacar-lhe os olhos, ou pelo menos um olho, seja tudo quanto se espera de um anúncio sobre dvds do Chico. Foi uma fracção de segundos, mas foi muito bom. Se a televisão só passasse os olhos do Chico a minha relação com a televisão era outra história.

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