Comecei a pensar na alcatifa do Overlook Hotel, fiquei nostálgica e formei o propósito de fazer uns recortes do «Shining». A música do genérico alterou-me logo um bocadinho. Decidi então ir buscar um CD animado e pô-lo a tocar em cima das imagens, escolhi o Guantanamera, o esquema prometia - "vou directamente às imagens que quero, fotografo-as e isto fica pronto em quinze minutos" - e regressei aos recortes. Não sei porquê à medida que ia tirando fotografias ia desligando o windows media player e prestando mais e mais atenção ao filme.
E mesmo tendo em conta que, ao rever a cena em que o puto come um gelado e conversa com o cozinheiro, a lucidez não me fugiu e até fui capaz de pensar coisas simpáticas, como É pena estes disparates ou Um homem crescido a meter brutalidades destas na cabeça de um miúdo, a verdade é que fui ficando mais e mais nervosa, até que, por fim, desliguei o programa e saquei o filme para fora do computador, não fosse algum mistério informático fazê-lo rodar inesperadamente e deixar-me, sei lá, não que fosse mesmo possível, em pânico ou assim.
É oficial e é mais forte que eu: o «Shining» assusta-me a valer. Sem querer, no entanto, desistir de recortar e trazer para o blog algumas das imagens que mais gozo me dão nesse filme, que ainda são algumas, inauguro uma série de posts com um título que, de forma adequada, enaltece a minha coragem, e deixo, para já, três imagens: a inicial e a da viagem até ao Overlook Hotel (esta última com e sem a sombra do helicóptero do mestre, que, para meu espanto, descobri, no último Verão, visível também no «2001»). Isto tem mesmo de ir devagarinho.
E mesmo tendo em conta que, ao rever a cena em que o puto come um gelado e conversa com o cozinheiro, a lucidez não me fugiu e até fui capaz de pensar coisas simpáticas, como É pena estes disparates ou Um homem crescido a meter brutalidades destas na cabeça de um miúdo, a verdade é que fui ficando mais e mais nervosa, até que, por fim, desliguei o programa e saquei o filme para fora do computador, não fosse algum mistério informático fazê-lo rodar inesperadamente e deixar-me, sei lá, não que fosse mesmo possível, em pânico ou assim.
É oficial e é mais forte que eu: o «Shining» assusta-me a valer. Sem querer, no entanto, desistir de recortar e trazer para o blog algumas das imagens que mais gozo me dão nesse filme, que ainda são algumas, inauguro uma série de posts com um título que, de forma adequada, enaltece a minha coragem, e deixo, para já, três imagens: a inicial e a da viagem até ao Overlook Hotel (esta última com e sem a sombra do helicóptero do mestre, que, para meu espanto, descobri, no último Verão, visível também no «2001»). Isto tem mesmo de ir devagarinho.