3.5.05

Não fui eu.

Quis Deus (sim) que eu lesse a nota do artigo 58.º numa perspectiva distanciada (eu tinha-te explicado, Pedro, como isso é raro) durante uma semana em que a noite-à-beira-de-um-ataque-de-nervos-com-café-cigarros-e-tpc não acaba, mesmo quando é de dia. Os destaques são mera coincidência, ok? Não traduzem cansaço, mas puro escândalo hedonista, juntamente com a percepção agudizada de duas coisas: 1) a Constituição, a MINHA Constituição, é afinal imperfeita; 2) o mundo está todo organizado ao contrário. E o direito ao sono? E o direito aos sonhos doidos? A quem me queixo quando David Lynch não vem improvisar na minha cabeça adormecida, sendo que parte da minha ociosidade injustificada se passa, por causa disso, enquanto durmo?

Mundo cruel.

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