He Lives!

Passei a infância a detestar o Elvis e o resto do tempo, depois dessa fase ardente, sem me lembrar dele. Um dia uma antologia aterrou inesperadamente em minha casa, acabei por ouvi-lo. «Return to Sender» começou por ser o tema do Elvis que eu punha no fim das compilações sérias que me pediam que gravasse quando dava descanso a Natália de Andrade, à Manuela Bravo ou ao Eduardo Nascimento (O ventuuu mudououuu e éla nãou voltououou). Estragava um bocado os CDs se os levassem demasiado a sério, eu sei. Era essa a ideia. Continua a divertir-me muito só que, confesso, de tanto ouvir, agora acontece-me gostar genuinamente do som. Genuinamente, também, fico com uma lágrima de felicidade ao canto do olho (esquerdo ou direito, depende, mas nunca nos dois ao mesmo tempo, não estou completamente perdida), quando vejo as poses do Elvis nestas fotografias. E já faltou muito mais para eu investir nos DVDs com os musicais todos. Tss tss. A vocação kitsch, uma vez abraçada, não permite arrependimentos: dEUS não dorme. Eu mereço. Eu mereço.