Em reconstrução #2
Este blog parece-me irreal e não consigo habituar-me ao teclado. Não fosse a música, acho que me desligava. Hoje e ontem, pelo menos. Arrumo a biblioteca e o escritório: como é que se acumula tanto papel e tanta tralha acessória? Clips, elásticos, arames, canetas, postais, desdobráveis, bolachas. Sim, bolachas: atrás das colunas do pc havia bolachas. Encontrei, nas arrumações, um livro que nunca li. Tem estado misturado com livros parvos que me oferecem certas e determinadas pessoas para gozarem comigo (o diário da irmã Lúcia, poemas e pensamentos da Cyombra, profecias celestinas, etc). Esse livro chama-se "Por tierras de la mora encantada", subtítulo "El arte islámico en Portugal" e faz parte de uma colecção maior sobre a arte islâmica no Mediterrâneo. Há uma referência na net. Assim que a biblioteca estiver orientada, atiro-me a ele. Não é que me apeteça muito arrumar, é que, de facto, quando os livros começam a estar demasiado misturados deixo de saber o que há e onde. Agora vou ali tapar um interruptor da biblioteca com uma estante e ganhar uma parede para ver slides. Diapositivos, para os puritanos. Ou frutos-de-meia, para os mais íntimos.