2.7.05

Até já.

Almocei na Casa do Alentejo e zarpei para Sintra. Primeira paragem: Regaleira. Segunda e última: Praia Grande. Tenho os pés cinzentos da areia, as calças molhadas da última aproximação às ondas. No fim do dia, mesmo no fim do dia, um jogo de futebol vagaroso, a maresia densa, a luz difusa e azul sob as nuvens, o último sol numa linha só, ao fundo. A ondulação a avançar com a noite. Mas nem mesmo o cheiro do mar, grande, colado ao corpo, consegue abafar o cheiro da terra molhada da Regaleira nas minhas mãos. O túnel antes da gruta do labirinto, fui lá para isso: é o quê, cheira a quê aquela terra? Deviam vender boiões, como souvenir (not). Estou tratada. Agora, posso começar as férias. De guarda a Paladru fica o CD mais bizarro que o pássaro azul me trouxe alguma vez. Calexico e...? A má vida, às vezes, deixa a informação pendurada. San Raphael, o tema, soa-me a noite de Verão. Perto. Depois longe, cada vez mais longe, por distracção, enquanto o som do mar toma conta de tudo. E então, o sono. O sono largo e rumoroso.

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